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Rota tecnológica prevê redução de 64% dos rejeitos

O desenho dos processos para o tratamento e destinação ambientalmente correta dos resíduos sólidos urbanos no Centro-Oeste Mineiro está baseado em metas de desempenho que reduzem em 64% o volume de rejeitos encaminhados para os aterros sanitários, até o ano de 2040. As bases de indicadores utilizadas na construção do fluxo proposto são o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares) e a Nota Técnica Conjunta no. 1/2020, publicada pela Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (SPPI), Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Fundação Nacional da Saúde (Funasa).

 

A redução dos resíduos ocorrerá por melhorias nos processos e adoção de tecnologias modernas. A rota recomendada valoriza a cadeia produtiva que utiliza os resíduos como matéria-prima ou insumo, possibilitando a geração de receita a partir da reciclagem e produção de energia.



 

No sistema previsto, os municípios entregarão os resíduos coletados em unidades de transbordo. A partir deste ponto, se inicia a operação da concessionária – que será responsável por transportar os resíduos até as unidades de triagem, onde serão separados nas seguintes porções:  materiais recicláveis, volumosos inertes (entulhos e rejeitos), fração seca, fração orgânica e volumosos que podem ser enviados para a produção de combustível derivado de resíduos (CDR).

 

Os materiais recicláveis serão enviados às indústrias recicladoras, enquanto os rejeitos serão encaminhados para destinação ambientalmente correta em aterros sanitários. Para tratar a fração orgânica, sugere-se o uso das tecnologias de biodigestão anaeróbica e biossecagem. A biossecagem permite aproveitar a fração orgânica para produção de CDR.

 

Na biodigestão anaeróbica – processo de decomposição pela ação de microrganismos em ambientes sem a presença de oxigênio – obtém-se o biogás. Esse combustível será convertido em energia para abastecer a planta de tratamento de resíduos.

 

Já a biossecagem é um processo sequencial, em que a massa de resíduos orgânicos – produto da secagem dos materiais que antes foram utilizados no processo de biodigestão – é vendida para a indústria. Essa massa é queimada em fornos ou caldeiras, produzindo energia térmica. O combustível, que apresenta alto poder calorífico e flexibilidade de se adequar a diferentes processos de queima, é muito utilizado, por exemplo, por cimenteiras.

 

Resumo da rota referencial

 

  • Triagem mecânica dos resíduos coletados para a separação de materiais recicláveis, inertes, volumosos e frações seca e orgânica;

  • Produção de CDR com a fração seca;

  • Digestão anaeróbia da fração orgânica (40% da fração orgânica);

  • Biossecagem com produção de CDR da fração orgânica;

  • Rota verde complementar: para dimensionar o sistema, foram considerados os resíduos orgânicos e a compostagem dos resíduos orgânicos coletados em grandes geradores, como: feiras livres, refeitórios, restaurantes, supermercados, sacolões, matéria orgânica de varrição e poda;

  • Aterro sanitário para os rejeitos.

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